Texto científico

No trabalho de PÁVIA [1], a pesquisa científica é definida como:

Tomada num sentido amplo, pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade e nos oriente em nossas ações.

Assim, uma etapa fundamental da pesquisa científica é a construção de relatórios para registrar e documentar o processo e as suas descobertas para a comunidade. Esses textos possuem diversas características em comum, como sua forma e o padrão de escrita. Desta forma, é chamado de texto científico esse tipo de texto utilizado no meio científico.

O texto científico possui um escopo específico. O conteúdo é direcionado para abordar fatos científicos, como resultados de um estudo, pesquisa ou trabalho relacionado ao conhecimento científico. O texto pode falar sobre ideias, procedimentos, resultados ou descobertas.

Uma monografia é um texto científico, ou seja, é um relatório técnico que explica os procedimentos e resultados de um projeto final. O leitor precisa entender o conteúdo desse texto sem ter que adivinhar ou supor informações. Desta maneira, a escrita precisa ser direta e não pode ser ambígua. O importante do texto é mostrar com precisão o relato científico ao leitor.

O achismo na escrita científica pode ser um grande empecilho para a objetividade e clareza, aspectos essenciais em qualquer texto científico. Frequentemente, a tendência de incluir opiniões pessoais não baseadas em dados ou evidências concretas leva a afirmações subjetivas e especulativas, diminuindo a credibilidade do trabalho. Em ciência, a precisão e a fundamentação em pesquisa são cruciais. Assim, é importante atentar-se a informações verificáveis e evitar conjecturas sem embasamento. A escrita científica deve refletir uma análise crítica e objetiva, focando na contribuição para o conhecimento existente e evitando o risco de distorcer ou sobreinterpretar os dados.

Um aspecto fundamental é a construção das frases. Costumamos achar que frases longas são mais elegantes e somos influenciados a pensar que essa característica pode enriquecer o texto. No entanto, quanto mais longas as frases, mais complexas elas se tornam para manter a coerência e a coesão. Em algumas situações, é válido quebrar as frases para tornar o texto mais simples e direto, evitando ambiguidade.

Outra dica é quebrar as frases no LaTeX. O compilador do LaTeX só considera uma frase quando existe uma linha vazia. Assim, é útil quebrar as frases do parágrafo, facilitando tanto a construção do texto quanto sua revisão. Isso torna mais fácil ver as conexões entre as frases e, consequentemente, o texto fica mais coeso. Veja abaixo um exemplo prático:

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O texto científico final pode conter muitas páginas e tornar-se uma leitura tediosa. Contudo, deve ser acessível e ter uma leitura fluida. Para amenizar esse problema, a construção dos parágrafos precisa ser uniforme, mantendo um padrão no tamanho deles. Assim, a leitura se torna ritmada, facilitando o leitor. Embora existam exceções, pode-se tentar manter uma média de cinco linhas por parágrafo. A Imagem abaixo demonstra um exemplo de uma construção ruim (a) e uma construção boa (b).

Exemplo de uma construção de parágrafos irregulares (a) e uma regulares (b).

Outro aspecto que afeta a leitura é a falta de padronização da escrita. É possível utilizar mecanismos de estilização do texto para criar padrões que facilitem a leitura. Por exemplo, definir que toda palavra em itálico é uma palavra estrangeira. Quando o leitor observa esse estilo, automaticamente ele prevê que a palavra é estrangeira, antes mesmo de entender seu significado. A falta de um padrão ou inconsistência nele torna a leitura mais tediosa, pois o cérebro precisa trabalhar mais para processar o texto.

Algumas abreviaturas são comumente utilizadas na construção de textos científicos. A abreviatura “e.g.” representa a expressão latina exempli gratia, que significa “por exemplo” ou “para fins de exemplo”. Por outro lado, “i.e.” representa a expressão latina id est, significando “isto é”, “ou seja” ou “em outras palavras”. Essas abreviaturas são empregadas para tornar o texto mais direto e conciso. Sem elas, dependendo do contexto, o texto pode tornar-se um tanto repetitivo, pois é usual empregar exemplos para ilustrar um ponto específico (e.g.) ou explicar um conceito de maneira alternativa (i.e.), visando maior clareza e compreensão para o leitor. Foram extraídos exemplos para cada uma das abreviações do trabalho de DO CARMO [2]:

exempli gratia (e.g.):

O objetivo é utilizá-las em conjunto com um modelo, e.g., rede neural, e assim gerarmos um classificador robusto para a filtragem colaborativa.

id est (i.e.):

Situações de aprendizado nas quais o ruído pode ocorrer são denominadas aprendizado supervisionado imperfeito (imperfectly supervised), i.e., reconhecimento de padrão em que a corretude do rótulo não é válida para todos os elementos do conjunto de treinamento.

Erros Comuns

Alguns erros que frequentemente são encontrados na escrita de um texto científico:

  • Falta de Clareza e Precisão: A linguagem em um texto científico deve ser clara e precisa. Termos vagos, ambíguos ou um estilo de escrita demasiadamente complexo podem obscurecer a mensagem e dificultar a compreensão do leitor.

  • Cuidado com o Uso de Termos Técnicos: A escrita científica difere significativamente dos estilos de texto mais comuns, especialmente no que diz respeito ao uso de termos técnicos. Na escrita cotidiana, frequentemente buscamos evitar a repetição de palavras para manter o texto fluente e interessante. No entanto, no contexto científico, é crucial ser preciso com a terminologia técnica. Termos que parecem sinônimos em linguagem comum podem ter significados distintos e nuances importantes em um contexto técnico. O uso impreciso de termos pode levar a mal-entendidos ou confundir o leitor, que pode interpretar incorretamente que diferentes termos se referem a conceitos distintos. Portanto, na escrita científica, é preferível repetir o mesmo termo técnico exato sempre que necessário, em vez de substituí-lo por sinônimos menos precisos. Isso garante clareza e precisão, elementos fundamentais para a comunicação eficaz em ciência.

  • Erros de Gramática e Ortografia: Erros gramaticais e ortográficos podem prejudicar seriamente a legibilidade e a percepção de profissionalismo do texto. Uma revisão cuidadosa e, se possível, a ajuda de um revisor profissional são essenciais. É valido utilizar corretores gramaticais e ortográficos durante a escrita.

  • Padronização da Escrita e Aparência: A consistência na formatação e no estilo é fundamental em textos científicos. Isso facilita a compreensão e a interpretação do conteúdo pelo leitor. Por exemplo, se cada item de uma lista é introduzido com negrito e seguido de dois pontos, essa formatação deve ser mantida consistentemente em toda a lista. Da mesma forma, nomes em inglês ou termos técnicos podem ser destacados em itálico para diferenciá-los do restante do texto. O essencial é manter um padrão uniforme ao longo de todo o documento, o que contribui para a clareza e a organização do texto.

  • Concordância em Citações: Ao citar autores em um texto científico, é crucial prestar atenção à concordância numérica. Se a referência é a um único autor, deve-se usar o verbo no singular, como em “Patrini (2016) propôs…“. Já para múltiplos autores, o verbo deve estar no plural, por exemplo, “Patrini et al. (2016) propuseram…“. Essa atenção aos detalhes assegura precisão e profissionalismo na escrita acadêmica, além de respeitar as normas de citação científica.

  • Objetividade sobre Opinião: Em textos científicos, a objetividade é primordial. Opiniões pessoais não têm lugar neste contexto, pois o foco deve estar na análise imparcial e na apresentação de dados apoiados por evidências concretas. Argumentos e conclusões devem ser fundamentados em metodologias científicas rigorosas e em teorias bem estabelecidas, não em preferências ou crenças pessoais. Isso assegura a integridade e a credibilidade do trabalho científico, reforçando a importância da objetividade e do rigor metodológico na pesquisa.

  • Sem Suspense: Em um texto científico, evitar o suspense é crucial, pois ele pode confundir ou ocultar os resultados reais. A clareza e objetividade na escrita são essenciais; o texto deve guiar o leitor através dos métodos, resultados e conclusões de maneira direta e transparente. Surpresas, como a revelação tardia de um resultado significativo, podem não só atrapalhar a compreensão, mas também afetar a percepção da validade científica do trabalho. Portanto, é importante apresentar informações de forma sequencial e lógica, garantindo que o leitor acompanhe o raciocínio e as descobertas passo a passo, sem desvios ou ocultações.

  • Importância da Estrutura Lógica em Textos Científicos: Para garantir a eficácia e a clareza de um texto científico, é crucial que ele siga uma estrutura lógica bem definida. Uma sequência coerente e bem organizada de ideias facilita o entendimento do leitor e ajuda a comunicar o argumento e as conclusões de forma efetiva. A falta de uma estrutura lógica pode levar a confusões, dificultando a compreensão do conteúdo. É importante que cada seção do texto construa sobre a anterior e conduza de maneira lógica à próxima, garantindo uma transição suave e um encadeamento claro de pensamentos e descobertas.

  • Continuidade no Raciocínio: Para manter a coesão em um texto científico, é fundamental que haja uma sequência lógica, organizada em início, meio e fim. Cada seção do texto deve construir sobre a anterior, formando um encadeamento claro de ideias que conduza o leitor ao entendimento integral da contribuição científica. Embora em certos momentos seja necessário abordar tópicos distintos, especialmente quando diferentes aspectos ou variáveis precisam ser analisados separadamente, é crucial que essa segmentação não comprometa a fluidez do raciocínio. Mesmo quando há uma quebra temática para discutir tópicos diferentes, é importante assegurar que cada seção esteja interligada e contribua para o desenvolvimento do argumento central. Ao final, todas as partes devem convergir de maneira harmoniosa, oferecendo uma visão integrada e coerente do tema abordado.

  • Evitando Repetições Desnecessárias: Repetir informações ou ideias no texto, sem oferecer novas perspectivas ou detalhes adicionais, pode torná-lo monótono e ineficaz. A concisão e a objetividade são fundamentais na escrita eficiente. Ao evitar repetições desnecessárias, o texto se torna mais envolvente e informativo para o leitor, mantendo seu interesse e facilitando a compreensão do conteúdo apresentado. É essencial focar em apresentar cada ponto de forma clara e única, enriquecendo o texto com informações relevantes e únicas, ao invés de reiterar o que já foi dito.

  • Legendas de Imagens e Tabelas: É essencial que cada imagem ou tabela em um texto científico seja autoexplicativa, permitindo ao leitor compreender seu significado básico sem a necessidade de consultar o texto integral. Embora a análise detalhada e interpretação dos dados apresentados sejam realizadas no corpo do texto, o espectador deve ser capaz de obter uma compreensão preliminar a partir da imagem ou tabela por si só. Para isso, as legendas desempenham um papel crucial. Elas devem ser claras, concisas e informativas, fornecendo todas as informações necessárias - como descrição dos dados, unidades de medida e quaisquer notas pertinentes - para auxiliar o leitor na interpretação dos recursos visuais. Uma legenda bem-elaborada não apenas contextualiza a imagem ou tabela, mas também enriquece a compreensão do leitor sobre o conteúdo apresentado.

  • Referência Cruzada de Imagens e Tabelas: É imperativo que todas as imagens e tabelas incluídas em um texto científico sejam explicitamente referenciadas e discutidas no corpo do texto. A presença de qualquer recurso visual ou tabular deve ter um propósito claro e estar integrada à narrativa do documento. Cada imagem ou tabela precisa ser acompanhada de uma explicação ou análise detalhada, que esclareça sua relevância e contribuição para o argumento ou os dados apresentados. A ausência de uma referência cruzada adequada não só torna o recurso visual ou tabular desnecessário, mas também pode levar à confusão ou má interpretação dos dados por parte do leitor. Portanto, garantir que cada elemento gráfico esteja devidamente vinculado e justificado no texto é essencial para a coesão e clareza do trabalho científico.

  • Uso Estratégico de Citações Repetidas: Na redação de textos científicos, é fundamental citar as fontes que embasam as afirmações apresentadas. No entanto, ao desenvolver um parágrafo, pode ocorrer a necessidade de referenciar a mesma fonte várias vezes, o que pode resultar em repetições desnecessárias das citações. Para evitar isso, é possível adotar estratégias de redação que minimizem a redundância. Por exemplo, pode-se reestruturar o parágrafo de modo a fazer uma citação mais abrangente no início ou no final, indicando claramente que as informações ou argumentos subsequentes são baseados naquela fonte específica. Além disso, se um argumento baseado na mesma fonte se estende por vários parágrafos, pode-se mencionar isso no início da discussão e, então, presumir que o leitor compreenda que os parágrafos seguintes continuam a se basear na mesma fonte, evitando a necessidade de repetir a citação. Essas abordagens ajudam a manter o texto mais limpo e menos carregado, sem comprometer a precisão acadêmica.

  • Evitando Seções Isoladas: O propósito de uma seção em um texto acadêmico ou científico é estruturar o conteúdo de forma lógica e clara, visando facilitar a compreensão do leitor. Seu uso não deve ser para fragmentar abruptamente o assunto ou introduzir conteúdo desconexo. O texto deve seguir uma sequência lógica, e as seções devem servir para organizar e esclarecer essa progressão de ideias. Portanto, a presença de uma seção ou subseção isolada pode indicar um uso inadequado desta estrutura. Se uma seção parece solitária ou desconectada do restante do texto, é recomendável revisar e considerar sua integração mais efetiva ou a reorganização do conteúdo para manter a coerência e fluidez do documento.

  • Mantendo a Continuidade entre Seções: A chave para um texto eficaz, especialmente em contextos acadêmicos ou científicos, é manter um encadeamento lógico e fluido das ideias. O uso de seções não deve ser meramente para listar itens ou fragmentar o conteúdo, pois isso pode prejudicar a fluidez do texto. Para evitar a desconexão entre seções, é importante que cada uma esteja intrinsecamente ligada à próxima, formando um contínuo lógico de informações. Uma prática útil é preparar o leitor para o que virá, talvez indicando no final de uma seção o que será abordado na próxima. Isso cria uma transição suave e mantém o leitor orientado sobre a direção do argumento ou discussão. Dessa forma, a estruturação em seções serve para organizar o conteúdo de maneira lógica e coesa, facilitando a compreensão e mantendo o interesse do leitor.

  • Cuidados no Uso de Citações em Textos Acadêmicos: Na redação de textos acadêmicos, é essencial compreender e aplicar corretamente os diferentes tipos de citações. A citação direta ocorre quando se transcreve as palavras do autor original de forma exata, respeitando integralmente o texto fonte. Já a citação indireta é realizada ao se reformular as ideias ou informações de uma fonte, expressando-as com as próprias palavras do autor do texto atual. Um equívoco frequente é a confusão entre esses tipos de citação, além do uso inconsistente de normas de formatação para cada um. É importante estar atento às diretrizes específicas de cada tipo de citação, que possuem modos distintos de apresentação no texto, de acordo com as normas acadêmicas vigentes. O manejo correto dessas normas é crucial para a credibilidade e a integridade acadêmica do trabalho.

  • Erros Comuns no Uso do LaTeX: O LaTeX, sendo uma ferramenta avançada para formatação de textos, especialmente textos científicos e acadêmicos, possui suas próprias regras gramaticais e sintáticas que, se não forem bem compreendidas, podem resultar em documentos com formatação incorreta. Por exemplo, no uso de aspas, o LaTeX requer um conjunto específico de caracteres, que difere do símbolo ASCII comum (”). Outra questão importante é a quebra de parágrafos: no LaTeX, um novo parágrafo é iniciado com uma linha vazia no código. Portanto, ao formatar um texto que inclui listas enumeradas ou fórmulas integradas ao parágrafo, não deve haver uma linha vazia entre estes elementos e o texto circundante. Esses detalhes são cruciais para garantir a precisão e a estética adequada do documento finalizado.

  • Problema com Parágrafos Curtos ou Muito Longos: A extensão dos parágrafos em um texto científico deve ser equilibrada. Parágrafos muito curtos podem fragmentar demais o texto, prejudicando o fluxo de ideias. Por outro lado, parágrafos excessivamente longos podem ser cansativos e dificultar a compreensão. O ideal é estruturar parágrafos de forma que cada um contenha uma ideia central completa, desenvolvida com clareza e concisão.

  • Copyright e Citação de Imagens: Ao utilizar imagens em um texto científico, é essencial respeitar os direitos autorais e citar corretamente a fonte da imagem. Deve-se sempre verificar se a imagem está sob alguma forma de licença de uso e providenciar a citação apropriada, indicando o autor e a fonte da imagem. Isso não apenas respeita os direitos do criador da imagem, mas também confere maior credibilidade ao trabalho científico.

  • Tempo Verbal do Texto Científico: Na escrita científica, é comum utilizar o tempo verbal passado para descrever experimentos realizados e resultados obtidos. No entanto, ao discutir teorias ou conclusões, o tempo presente pode ser mais apropriado. A escolha do tempo verbal deve ser consistente e adequada ao contexto do texto, contribuindo para a clareza e a precisão da narrativa.

  • Prioridade de Citações: Ao citar fontes em um texto científico, é importante priorizar materiais de alta credibilidade acadêmica, como artigos publicados em periódicos indexados e livros de renomados autores ou editoras. Estes materiais são geralmente mais confiáveis e reconhecidos na comunidade científica. A qualidade e a relevância da fonte devem sempre ser consideradas para sustentar argumentos e conclusões.

  • Cautela com Blogs e Sites: Embora possam ser úteis para informações complementares ou contextuais, blogs e sites não acadêmicos devem ser usados com moderação em textos científicos. Quando necessário, é preferível citá-los em notas de rodapé ao invés de integrá-los ao corpo principal das referências. Isso ajuda a manter o foco em fontes mais acadêmicas e científicas, assegurando a solidez e a credibilidade do texto.

  • Atenção à Descrição de Fatos Sem Citação: Ao descrever fatos ou afirmar tendências em textos científicos, como “O crescimento acelerado do uso de dispositivos móveis na web”, é crucial fornecer sustentação acadêmica para tais declarações. Afirmações sem a devida citação de fontes confiáveis podem comprometer a credibilidade do texto. Fatos e dados apresentados devem sempre ser acompanhados de referências a estudos, pesquisas ou estatísticas publicadas que os corroboram. Isso não só reforça a argumentação, mas também permite que o leitor verifique e compreenda melhor o contexto e a validade das informações apresentadas.

  • Cuidado com a Temporalidade no Texto: Ao redigir um texto científico, deve-se evitar frases que marquem explicitamente a passagem do tempo, como “Este ano…” ou “Atualmente…“. Textos científicos são frequentemente lidos anos após sua publicação, e tais referências temporais podem tornar-se rapidamente desatualizadas ou confusas. Prefira descrever o contexto temporal de forma mais genérica ou forneça datas específicas quando necessário. Por exemplo, em vez de “Este ano vimos um aumento nas vendas”, use “Em 2023, observou-se um aumento nas vendas”. Isso assegura que o texto permaneça relevante e compreensível, independentemente de quando é lido.

Referências

[1] PÁDUA, E. M. M. de. Metodologia da pesquisa:abordagem teórico-prática. Campinas : Papirus, 1996. 94p.

[2] DO CARMO, Filipe Braida. Considerando o Ruído do Aprendizado de Modelos Preditivos Robustos para a Filtragem Colaborativa. 2018. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro.